O Regius foi publicado pela primeira vez em 1840 por James Orchard Halliwell, nome que lhe é associado. O Manuscrito é mencionado em 1670 no inventário da coleção de John Theyer, um colecionador muito conhecido, que foi vendida a um livreiro, Robert Scott.
Charles II o adquiriu mais tarde e o colocou na biblioteca real. Em 1859, o rei doou o manuscrito ao Museu Britânico.
Dr. Oliver afirma que é uma cópia do Livro das Constituições, adotada pela Assembleia Geral realizada no ano 926, na cidade de York. O Poema Regius foi datado por especialistas como sendo de 1390. Provavelmente foi obra de algum clérigo que possuía conhecimentos bem precisos sobre o ofício dos construtores, trata-se de um poema em octossílabos com caráter religioso.
O Manuscrito é em verso rimado e consiste em 794 linhas. A parte superior do poema contém a inscrição "Hie incipiunt constituciones artis gemetriae secundum Euclydem", a linguagem é mais antiga do que a versão Wicliffe da Bíblia. O Halliwell é uma produção católica romana, e foi escrito quando a religião de Roma prevaleceu sobre a Inglaterra. Os manuscritos posteriores possuem caráter protestante, tendo a maioria sido escrito após metade do século XVI. O Regius foi escrito em uma linguagem anterior, um inglês precoce que sucedeu ao anglo-saxão.
As antigas tradições do ofício eram transmitidas somente por via oral e corriam o risco, ao longo das transmissões, de serem alteradas. Era necessário, portanto, registra-las para que a pureza e originalidade fosse mantida. Assim nasciam os ANTIGOS DEVERES que visavam definir os LANDMARKS, além de unificar e proteger os Mestres Maçons, valorizar o ofício conferindo-lhe um ar de aristocracia.
O manuscrito constitui-se de seis partes:
1- Uma história lendária do ofício que fala sobre o nascimento da geometria no Egito, com Euclides e a organização do ofício.
2- Os estatutos que pormenorizam o pagamento, as assembleias, o aprendizado e os deveres do maçom para com o Senhor.
3 - Os Quatro Santos Coroados, que fazem parte da tradição dos construtores.
4- A Torre de Babel, que é descrita como uma provocação dos homens, como um desafio lançado a Deus.
5- As sete artes liberais, graças a Euclides os companheiros puderam receber educação, ensino e assim contemplar e compreender o mundo criado por Deus.
6- O Companheiro, deve assistir com assiduidade
a missa, observar os ritos e comportar-se bem quando em sociedade para não envergonhar ofício.
Fonte de pesquisa
Ferré, Jean - A História da Francomaconaria - Editora Madras - Ano 2000
www.fremasonsfremasonry.com/regius.
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