O eixo de rotação da terra (movimento da terra em torno dela mesma)
possui uma posição fixa que está ligeiramente inclinada em 23,5 º em relação ao
eixo de translação da terra (movimento da terra em torno do sol).
Isto faz com que em determinada época do ano, a luz solar incida com maior intensidade sobre o hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que em determinada época, a luz solar incide de maneira igual sobre os dois hemisférios, caracterizando o equinócio.
Isto faz com que em determinada época do ano, a luz solar incida com maior intensidade sobre o hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que em determinada época, a luz solar incide de maneira igual sobre os dois hemisférios, caracterizando o equinócio.
Solstício de 21 de junho, dá-se início ao verão no hemisfério Norte,
desse modo, os dias são mais longos do que as noites. Já no hemisfério Sul, a
data em questão marca o começo do inverno, no qual as noites são mais longas
que os dias.
Solstício de 21 de dezembro, inicia-se no hemisfério Norte a estação de
inverno, período em que as noites são mais longas que os dias. Já no hemisfério
Sul, a data determina o começo do verão, estação em que as noites são mais
curtas do que os dias.
Equinócio de 21 de março, data que marca o início da primavera, os dias
são mais longos do que as noites, isso no hemisfério Norte. Já no hemisfério
Sul, a data marca o começo do outono, com noites mais longas do que os dias.
Equinócio de 23 de setembro, dá-se início ao outono no hemisfério Norte,
com dias mais curtos que as noites. Já no hemisfério Sul, a data marca o começo
da primavera, apresentando noites mais curtas que os dias.
Na antiguidade as
civilizações estavam totalmente alinhadas com os magníficos ciclos da vida
representados pelos solstícios e equinócios, celebrando através de tradições
esotéricas e iniciáticas as mudanças de estação. A origem destas tradições se
perdem nas brumas de um passado longínquo.
A
celebração dos solstícios e equinócios pode ser encontrada junto a vários povos
e culturas.
No calendário chinês, o solstício de inverno chama-se dong zhi (em
português: chegada do inverno) e é considerado uma data de extrema importância,
visto ser aí festejada a passagem de ano.
Na Roma antiga os festivais eram muito populares. também. A Saturnália, festa em homenagem ao deus romano Saturno, ia
de 17 a 24 de dezembro. Era uma comemoração alegre, com muita dança, em que
ricos e pobres conviviam igualmente, com os senhores servindo os servos, numa
inversão de papéis.
No dia 25 de dezembro, imediatamente após a
Saturnália, comemorava-se a Brumália, o nascimento do deus-sol, ou "o
nascimento do Sol Invicto". A data, para eles, no Hemisfério Norte,
coincidia com o solstício de inverno, dia "mais curto do ano", com
menos horas de luz.
Durante os três primeiros séculos da nossa Era
os cristãos não celebravam o Natal. A festa natalina tem origem pagã, associada
às comemorações das Saturnália eBrumália que estavam
demasiadamente arraigadas nos costumes populares da época para serem suprimidas
pela influência cristã.
Em tempos remotos, os persas também tinham seus
deuses inspirados no sol, e comemorações nos dias 24 e 25 de dezembro.
Já a festa germânica pagã do solstício do
inverno, a Yule, tinha como costumes principais os grandes banquetes, a folia,
a troca de presentes, os enfeites e as árvores.
A Maçonaria, como guardiã de tradições milenares, tem como
uma de suas práticas mais antigas e tradicionais a celebração dos Solstícios e
Equinócios. Acredita-se
que, assim como os Romanos observavam o Solstício de Inverno, em homenagem ao
deus Saturno, posteriormente chamado de “Sol Invencível”, esse costume também
era observado pelas Guildas Romanas, os antigos Colégios e Corporações de
Artífices, que nada mais eram do que a Maçonaria Operativa. Esse costume
permaneceu intacto até o surgimento da Maçonaria Especulativa, que tratou de
não descartá-lo.
Porém, há fortes indícios de que a
Maçonaria Especulativa, formada por europeus de predominância cristã e
preocupados com a imagem da Maçonaria perante a “Santa Inquisição”, aproveitou
a feliz coincidência das datas comemorativas de São João Batista (24/06) e São
João Evangelista (27/12) serem muito próximas dos Solstícios, para relacionarem
a observância dos Solstícios com os Santos de nome João, e assim protegerem a
instituição e sua observação dos Solstícios da ignorância, tirania e
fanatismo. Desta
forma, na Inglaterra, o antigo símbolo maçônico de um círculo ladeado por duas
linhas paralelas, um dos símbolos mais antigos da humanidade (mais antigo que o
cristianismo) ainda em uso, teve a simbologia das linhas paralelas dos Trópicos
de Câncer e Capricórnio, que possuem ligação direta com a observância dos
Solstícios, transformados em São João Batista e São João Evangelista.
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