AS LUVAS BRANCAS
SEU SIMBOLISMO NA CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO; UM SINAL PARA PEDIDO DE SOCORRO; TUDO COMEÇOU COM UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR.
SIMBOLISMO NA CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
Na cerimônia de iniciação, o maçom recebe dois pares de luvas brancas, um é para o seu próprio uso e servirá como recordação da candura que deve existir no coração de um Maçom significa também que ele nunca poderá manchar suas mãos nas impurezas lodosas do vício e do crime. O outro par de luvas que o neófito recebe é destinado a uma mulher, àquela que ele mais estima e que mais tenha direito a seu respeito, seja ela sua esposa, mãe, filha ou irmã. Isso faz constitui uma antiga tradição maçônica e segundo o escritor Wirth: “As luvas brancas, recebidas no dia de sua iniciação, evoca ao Maçom a recordação de seus compromissos. E se um dia estiver a ponto de fracassar, a mulher que lhes mostrar as luvas, lhe aparecerá como sua consciência viva, como a guardiã de sua honra.Que missão mais elevada poderia confiar à mulher que ele mais ama?”
A missão de se apresentar a ele como se sua própria consciência fosse. Portanto, a mulher que recebe um par de luvas de um Maçom possui uma responsabilidade das mais nobres e mais dignas que um ser humano pode assumir em relação a outro, qual seja, a de se manter como a guardiã da conduta, da honra e da vida daquele que a considerou como sendo sua parte mais importante.
UM SINAL PARA PEDIDO DE SOCORRO
Em casos de extrema necessidade na vida cotidiana, movida por uma sensação de urgência, mas de caráter temporário e pontual, a mulher
portadora das luvas brancas pode pedir socorro usando um procedimento que é eficaz para atrair a atenção de um Irmão da Ordem para ajudá-la em suas justas demandas. Este procedimento deve ser conduzido de forma discreta e paciente, e é transmitido de forma verbal e diretamente àquela que o Maçom elegeu, um dia, como a pessoa mais importante de sua vida.
TUDO COMEÇOU COM UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR
Existe uma história muito interessante e emocionante sobre as luvas, e que vale a pena ser compartilhada com as cunhadas nas chamadas reuniões brancas. Lógico que, nos casos em que o par de luvas foi entregue para a esposa. A história enaltece a importância da mulher amada e dá um toque especial e apaixonante ao simbolismo das luvas.
Até o início do século XX, não se preconizava o uso de luvas durante as operações, apesar de já se estarem utilizando soluções anti-sépticas para limpar as mãos dos cirurgiões e auxiliares. A invenção das luvas cirúrgicas começa com Uma história de amor platônico entre um médico e sua enfermeira: o Dr. William Stewart Halstedt (1852-1922), grande cirurgião americano, inventor de dezenas de instrumentos cirúrgicos e apetrechos hospitalares, quando era chefe de um hospital em Baltimore (USA), ainda solteirão convicto, se apaixona, secretamente, platonicamente, pela enfermeira Caroline Hampton (Carol), que o auxiliava nas cirurgias. À época os trabalhos pré-operatórios exigiam dos profissionais a lavagem das mãos em fortes soluções anti-sépticas, já que não havia luvas. Carol, com isto, desenvolveu uma dermatite de contato com tais substâncias. Com as mãos feridas ela não podia auxiliar Halstedt. Desespero para o médico. Ele só aceitava operar se fosse com a ajuda dela, tamanha era a paixão da presença, a segurança e a confiança que Carol lhe transmitia. Apreensivo, em busca de uma solução para o conflito, Halstedt procurou um microempresário chamado Goodyear (mais tarde um dos maiores produtores de pneus do mundo) e pediu-lhe que fabricasse um par de luvas de borracha para a enfermeira. Assim foi feito.
Para não constranger a amada, pois as luvas eram de borracha preta (tecnologia da época), Halstedt encomendou pares para os demais auxiliares. E a partir do uso contínuo das luvas, constatou-se que as infecções pós-operatórias, praticamente, desapareceram. Ele então determinou que em todas as cirurgias fossem usadas as luvas, procedimento logo difundido em todo o mundo até se chegar ao uso das finíssimas luvas atuais.
Halstedt e Carol trabalharam por muito tempo, cada vez mais unidos pelos fortes laços do amor, casaram-se e moraram na cobertura do Hospital até a morte dele em 1922. As luvas cirúrgicas continuaram, por muito tempo, sendo chamadas de “as luvas do amor”, em respeito à história dos dois e pela pureza que imprimiam no contato com as feridas dos enfermos.
Fontes de pesquisa:
www.cristofoli,com
www.gobgo.org.br
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